24 maio 2008

Vagabundo

Cala os olhos, vagabundo.
Não me digas
que há estrelas no mundo
sem urtigas.
Não me contes
que nascem astros nos vales
para além dos horizontes.
Não me fales
de haver poentes
com as cores ardentes
das penas de um galo.
Não me tentes,
vagabundo.
Não quero ver o mundo.
Prefiro imaginá-lo.

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