24 maio 2008

Luar

Passsei toda a noite a meditar
nesta coisa complicada
de haver luar
a enfeitar o nada.
Luar, flores e estrelas
criadas para o que não imagino.
Mas não para serem belas
que não é o destino.
A beleza é outra dor.
É este desespero fundo
de explicar o mundo
por uma flor.
Flor de sonho vago,
nuvem de recorte
quase indifinido...
Mas eu prefiro a outra,
a flor com morte,
a flor que esmago
para lhe dar sentido.

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