22 julho 2009

Ondas.

Navego nas ondas
com uma nereida ao pescoço
a segredar-me de frio
na espuma da voz do mar:
Esquece, esquece o desânimo do mundo
no sopro da minha pele
onde adormecem tufões
nas algas de polvo e enleio.
Dá-me os teus pulsos
para algemá-los de frio.
Dá-me o teu coração
para pesá-lo no refúgio.
Dá-me as tuas lágrimas
para a sede dos espelhos.
Dá-me a tua boca
para a fazer sorrir com enfeites.
Dá-me os teus cabelos
para afagá-los de mãos iluminadas.
Dá-me os teus olhos
para pintá-los de violino.
Dá-me o teu peito
para espreguiçar-me nos teus braços.
Dá-me ...
Basta, nereida verde
de corpo de espuma frio
todo em ondas de embalar!
Sou firme como o NÃO dum homem
e não há ninguém no mundo
que me arranque com cetins
ou garras de fazer sangrar o sol
este remorso militante
que tenho na pele e nos gritos...
a minha arma inútil de combate!

4 comentários:

ev disse...

Qué poema...
Es un poema para enamorarse...
Bonita tu nueva cabecera
Beso Corsário

maracuyá disse...

Sou firme como o não dum homem...mmmmmmm, será? eu não duvido de você...mas dos outros, de todos, não sei.

A espuma da voz do mar, mareia.

Bonito, muy bonito, aunque duro eh?

Beijo

Karol_a disse...

Qué bonito Tav¡¡¡
eres un gran tierno, un loco pirata de la sensibilidad.
Un beso Amigo.

CorsáriO disse...

~~~~~~~
Gracias por los comentarios.

Entonces, cómo es?!!!
CAROLINA dice que yo soy un loco pirata.
MARACUYÁ dice que soy un corsário mareado (casi loco?).
EVA, cuál es tu veredicto? Peor!

jajaja...un día matan a este pobrecito corsário!

Un abrazo... gigante.
~~~~~~