06 julho 2009

Bosque.

Não, não são as folhas que caem
mas alguém que me persegue
no silêncio da tarde
com passos de seda ...
Alguém que se esconde atrás das árvores
quando me volto de repente
e vejo apenas o rasto
dos ramos ao vento ...
Alguém que se deita no solo
a fingir de sombra
para se esconder dos meus olhos
na preguiça dos contornos.
Alguém que não é ruido, nem luz,
nem treva pintada no chão,
nem alma, nem homem, nem mulher,
nem deus, nem folhas secas ...
Alguém que eu criei para lhe gritar
que não existe! E não! E não! ...
... nos meus bosques de ecos
sem anjos nos passos ...

1 comentário:

ev disse...

Tu bosque es muy denso, pero cada ecosistema tiene una razón de ser. Yo en analogía a tu bosque a veces tengo un desierto, con un minúsculo oasis, y dentro de todo, a veces extraño un bosque dentro de mi desierto, aunque sus sombras sean ralas, de árboles secos...

Te dejo besos en las raíces, donde también nacen flores...