26 junho 2008

Tejo.

Brandas águas do Tejo, passando
Pelos verdes campos que regais,
Plantas,ervas e flores e animais ,
Pastores, Ninfas, ides alegrando;
Não sei ! doces águas! não sei quando
Vos tornarei a ver ; que mágoas tais,
Vendo como vos deixo , me causais ,
Que de voltar já vou desconfiando .
Ordenou o destino, muito desejoso
De converter gostos em pesares ,
Partida que me vai custando tanto.
Saudoso de vós, mas dele queixoso,
Irei encher de suspiros outros ares,
Turbarão outras águas meu pranto.

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