Poeta é o homem que leva o facho da treva ao fundo da mina. Com humor e ironia, porque a vida não é só feita de poesia.
30 junho 2008
28 junho 2008
Amigos.
(*)
Amigo ! Maior que o pensamento,
Por essa estrada amigo vem.
Por essa estrada amigo vem.
Não percas tempo que o vento,
É meu amigo também.
Não percas tempo que o vento,
É meu amigo também.
Em terra, em todas as fronteiras,
Seja bem vindo quem vier por bem.
Seja bem vindo quem vier por bem.
Se alguém houver que não queira,
Trá-lo contigo também.
Se alguém houver que não queira,
Trá-lo contigo também.
(*) Poema cantado pelo bom amigo "Zeca". (Para onde partiu, está em paz!)
27 junho 2008
Recordações.
26 junho 2008
Tejo.
24 junho 2008
Bolero.
Gosto de me sentar nas dunas do meu mar... olhando para o horizonte !
Só Maaar !!!
Gosto de pensar muito ... em NADA !
(Gosto de Maurice Ravel . É bom para a saúde mental !)
___________
«
Aqui estou eu a olhar para os espaços
Sentado em um banco da "Avenida"
Com o tempo a dormir em meus braços
Como uma ninfa ao sol... adormecida.
»
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23 junho 2008
Haja o que houver !
-Condenado-
Não me falem de fé !
Eu não preciso de fé !
Basta-me morrer de frente
nesta camaradagem
com todos os mortos de mãos dadas
que desde o príncipio do mundo
não quiseram morrer inutilmente ...
Fé ? Fé ?
Eu não preciso de fé !
Basta-me morrer de pé
de frente para o sol nascente.
22 junho 2008
Faluas do Tejo (*)
(*) Veleiros do rio Tejo.
Faluas ... vaga lembrança
que eu de criança
guardei para mim.
Se as vejo ainda,
às vezes no Tejo,
devido á alegria
do tempo em que as via
no rio a passar.
Faluas do Tejo,
que eu via a brincar,
e agora não vejo,
no rio a passar.
Faluas vadias,
que andavam ali,
em tardes perdidas,
que eu nunca esqueci.
E era tanta a beleza,
que essas velas ao sol
vinham criar ...
belo quadro da infância.
que ainda não se apagou,
e eu tenho a certeza,
que as faluas do Tejo
hão-de voltar ...
outra vez a Lisboa !
(Um dia parti ... para muito longe ! Pensei que nunca mais voltaria a ver Lisboa ... a cidade das sete colinas ! Um dia regressei... e, ... voltei a ver os meus veleiros no rio Tejo.)
21 junho 2008
Guitarra.
(*) 'Guitarra'
Quando uma guitarra trina
Nas mãos de um bom tocador
A própria guitarra ensina
A cantar seja quem for .
(bis)
Eu quero que o meu caixão
Tenha uma forma bizarra
A forma de um coração
A forma de uma guitarra.
...
Guitarra, guitarra querida
Eu venho chorar contigo
Sinto mais uma batida
Quando tu choras comigo.
(bis)
(*)
Poema do amigo Zeca, simples e imenso de sentimento... (Poeta,trovador,cantor e prof. universitário).
Morreu jovem, cantando contra os tiranos do meu país ! Contra a tirania ...a suas armas eram a poesia e as suas belas canções. O meu 'Che' da poesia !
20 junho 2008
Ainda !
Perto da imensidão das árvores
sob o mundo, junto às estrelas
olho com orgulho para o céu .
Sinto que pertenço ao universo.
A minha carne é de terra ;
Os meus olhos são de terra ;
Minha alma, pássaro sem corpo...
Mas , quando estou junto a ti ,
no meio de flores de papel
perfumadas com música,
sinto-me tímido e infeliz,
a tropeçar no corpo inútil.
E apetece-me não viver,
apenas sómente existir .
Ser uma coisa qualquer,
esquecida , e ... por criar .
19 junho 2008
Aromas.
18 junho 2008
Vento !
16 junho 2008
O pecado original ?
13 junho 2008
Fragmentos da vida!
Eu não era homem de ciência.
Só vivia...vivia para a alegria,
Não era necessário paciência.
Queriam um homem forte ,
Robusto, com bom coração.
Não podia perder meu norte,
Nem para viver da emoção.
Só precisava de muita calma,
Não precisava dos alimentos.
Bastava não perder a alma.
Para quê os sentimentos!!!
Ouço lamentos de amigos meus,
Vejo o sangue nas minhas mãos .
Porquê isto, comigo, meu Deus !
Isto é sangue dos meus irmãos.
Caminhava por vales e montes,
Sem a vida ... e nada de emoção.
Falar !!! Falar só para as pontes,
Então, para queria meu coração!
Não entenderam os meus lamentos,
Roubaram-me muita vida, emoção.
Tiraram-me os meus sentimentos,
Não me roubaram o meu coração.
Grito ! Sofro! Tenho muitas dores,
Tenho o sangue nas minhas mãos.
Por aqui morrem muitos amores!
MÃE!!! É sangue dos meus irmãos.
a.t.
11 junho 2008
Primavera!
06 junho 2008
Olhos de Deus.
Quando vi os teus olhos,
vi que eram os olhos
que eu tinha imaginado,
fiquei contente
por eles existirem,
e por eu os ter criado...
Quando vi os teus olhos,
olhos que são meus,
porque eu os criei,
eu vi que os meus
inertes ficaram ,
em suma : CEGUEI !
Mas não desespero ,
continuo a ver
com a luz dos teus olhos,
e, assim nós os dois
o mesmo veremos,
para nos perdermos.
E, se cegarem os teus,
nem tu nem eu veremos,
mas, mesmo assim
unidos seguiremos
os mesmos passos
pelos olhos de Deus !