Tudo começou na boca
- ao princípio era o verbo -
combinação de palavras com sangue.
Discursos, discursos, discursos ...
Palavras com fogo ritual.
Palavras com mãos que empurram os homens,
abrem abismos,
estrangulam,
deitam chumbo derretido nas chagas,
magoam só por existir.
Dêem-me palavras. Tomem palavras ...
Palavras não faltam,
já tão velhas que parecem novas,
recém nascidas com as mesmas raízes
ignoradas.
É esse o milagre :
nascer todos os dias
nas bocas esquecidas
dos fios de prumo.
Palavras
- silêncio que agride,
os passos do fumo.
3 comentários:
Me gustó mucho este poema.
Bonito leerte un domingo.Aunque yo te leo siempre.
Beso
~~~~~~
Sí, el domingo!
No es normal, cerrado en la casa. Pero estoy cumpliendo mi mes de de cautiverio en mi casa.
Agradable ... fue un día de mucho calor!
Abrazo.
~~~~~~
Lo siento...Me imaginé algo así.
Ya veras que se va rápido...
Beso de frutas
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