11 março 2009

Natureza.

O braço duma ninfa
ergeu-se de súbito por dentro das árvores
e atirou para o céu
um destino de flores
a fingirem de pássaros...
E tudo no crepitar da manhã de vozes
me insinuou uma felicidade quente
na melancolia desta solidão
onde em vão me procuro
perdido de mim
num labirinto de sementes, perfumes e folhas verdes
a justificarem o vento de enfeitar o mundo...
esta solidão em que mal se ouve ao longe o vaivém
do mar em ressaca.
E a natureza cheira tão bem
... a erva ... a tojo ... a nada ...

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