Silêncios.
Livre dos mistérios próximos
pus-me a escutar no silêncio
aquela flauta que ninguém toca
e só os poetas ouvem
na verde bruma da tarde.
E com ternura aflita
senti subir de mim mesmo
a dor enfim nua,
tão alheia à terra,
tão subtil de fumo
-mas só minha, só minha!-
despida de mundo
em dor que não dói ...
(Que bom ! sofrer nuvens...)
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