02 novembro 2010

Chuva

Na noite a chuva
espreita livre
pela janela chorada.

Ó chuva,
minha amante de suor nu
e cabelos compridos,
cinge-te mais ao espanto do meu corpo.

Saí contigo
para cansar a noite.

Noite,
vela de sombra a derreter-se
na lividez
da manhã de treva clara.

Sem comentários: