Chuva na cara,
lágrimas ilúcidas,
bandeiras cómodas do remorso.
As outras, as minhas, não são para chorar,
mas para doer.
Pedras do peso de água.
Duras.
De caveira.
Magoam a luz.
Metal por dentro.
Frio queimado.
Estas não.
Lavam as faces perdidas nos espelhos.
Choram-nas os mortos doidos no vento ...
Água térrea de homens vivos nas nuvens.
(Imagens: Praia da Oura)