surgem com a naturalidade
de continuarem incertas
- ilhas sólidas no nevoeiro.
Por exemplo :
o tempo sou eu.
Uma espécie de relógio
com pele,
pés doridos do gelo,
a mão que empurrou a porta,
acendeu a luz eléctrica,
lançou a lenha na fornalha
- e agora aqui estou estendida no divã
à espera de quê ?
Dos passos que nunca ouvi,
instantes de outro tempo
sem manhã
nas cinzas do relógio em ti.
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