A noite adormeceu.
E a morte cansada
vestiu-se de vento
para desfolhar as flores
na insónia dos jardins
da tempestade.
Ah ! canta, canta toda a noite,
alma dos vendavais.
Ajuda a adormecer os homens
na amargura das tocas
e dos covais.
Os homens que te esperam, nua e gelada,
nas manhãs lívidas de metralhadoras,
quando o sol se levanta ao longe
num esforço de cabeça de cadáver
a ressuscitar em vão ...
nas lágrimas das ervas e dos mortos
sem ressurreição.
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