27 fevereiro 2013

Sinais





Noite de telhas desertas
na areia lunar
dos pinheiros sós.

Ninguém.

Mas por toda a parte
na cal dos muros,
no sangue dos tijolos,
no aprumo dos portais,
no desequilíbrio das pedras
sentem-se as mãos dos homens
com dedos sôfregos.

Cemitério de sinais
para o tempo em vão
das ampulhetas das lágrimas podres.





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