Noite de telhas desertas
na areia lunar
dos pinheiros sós.
Ninguém.
Mas por toda a parte
na cal dos muros,
no sangue dos tijolos,
no aprumo dos portais,
no desequilíbrio das pedras
sentem-se as mãos dos homens
com dedos sôfregos.
Cemitério de sinais
para o tempo em vão
das ampulhetas das lágrimas podres.