05 janeiro 2010

Babel.

Quero uma Torre,
uma torre qualquer,
para que no meu sonho eu a forre
com pele de mulher.
E eu veja lá de cima o sol que morre
num mundo ainda por nascer.
Ah! Quero uma Torre para me sentir mais pequeno
e maior.
Dada, não. Prefiro ser eu a construí-la
com estrelas de suor
e raiva de argila.
Deixem-me que eu a faça e desfaça,
águia a erguer-se lentamente do solo,
pedra a pedra, tijolo a tijolo,
com nuvens de argamassa.
Até que lá no fundo do poço
onde mal chega o bulício
do último silêncio do mundo em combustão,
eu pare a ouvir o comício
dos fantasmas da minha solidão.
Mas minha, ouviram?
Feita pela minha mão.

3 comentários:

ev disse...

De ser yo y soñando, a mí me encantaría dejarte hacer esa torre.
Preciosa poesía, ésta vez creo que si la entendí completamente.
Besos

CorsáriO disse...

~~~~~~

"ésta vez creo que si la entendí completamente"... Muy bien!

Voy a decir una cosa. Algún tiempo después, cuando voy a leer lo escrito por mí, creo que no estaba bien en la cabeza. Yo no entiendo nada.
La gente dice que todos tenemos un tiempo loco en cada día. jajaja yo estaba en mi tiempo.

Un abraaazo Eva.

~~~~~~

ev disse...

Ja Ja ja, pues bien, yo te explico tu locura con mucho gusto, porque mi versión de tu poesía está recontra fafulosa, con decirte que para mí, tiene un matiz altamente erótico ;). Quizás sea mi "loca" interior
Besos CorsáriO