22 março 2012

Destinos






 Pôs-me o destino nas mãos
um novelo de mil linhas ...
Umas de oiro... outras de prata...
...outras de arame mais vil...
Mas todas entrelaçadas
numa riqueza confusa.

Pobre novelo complicado
nestas  mãos inúteis
que nasceram para dizer adeus
nas estações de caminhos de ferro.





08 março 2012

Caminhos





 Caminhos  em vão
onde tanto ardeu
o meu coração
em cinzas de só ...

Que lá deixei eu ?
A sombra no chão ?
Os passos no pó ?

Caminhos errados...
...nem pedras, nem céu ...
...nem vales, nem montes...

Que lá deixei eu ?
Os olhos colados
pelos horizontes ?

Estradas perdidas...
com luas de breu
no bosque dos medos...

Que lá deixei eu ?
A pele dos dedos
nas flores colhidas ?

Caminhos de mim
sem nada de meu ...
...nem ódio, nem luta ...

Que lá deixei eu ?
UNS VERSOS SEM MIM
NOS ECOS DA GRUTA.