02 setembro 2012

Ilusões








Entrei no café com um rio na algibeira 


e coloquei-o no chão, 

a vê-lo correr 

da imaginação... 



A seguir, tirei do bolso do colete 

nuvens e estrelas 

e estendi um tapete 
de flores 
a concebê-las. 

Depois, encostado à mesa, 
tirei da boca um pássaro a cantar 
e enfeitei com ele a Natureza 
das árvores em torno 
a cheirarem ao luar 
que eu imagino. 

E agora aqui estou a ouvir 
A melodia sem contorno 
Deste acaso de existir 
-onde só procuro a beleza 
para me iludir 
dum destino.










Sem comentários: