06 novembro 2008

Corpo.

Frémito do meu corpo a procurar-te,
Febre das minhas mãos na tua pele,
Que cheira a âmbar, a baunilha e a mel,
Doido anseio dos meus braços a abraçar-te.
Olhos buscando os teus por toda a parte,
Sede de beijos, amargor de fel,
Estonteante fome, áspera e cruel,
Que nada existe que a mitigue e a farte!
E vejo-te tão longe! Sinto a tua alma
Junto da minha, uma lagoa calma,
A dizer-me, a cantar que me não amas...
E o meu coração que tu não sentes,
Vai boiando ao acaso das correntes,
Esquife negro sobre um mar de chamas...
(*) Florbela Espanca.

2 comentários:

ev disse...

Hola Cors.
Disculpa que no entendí el asterisco. El texto es una cita? O es la autora del dibujo? ;P
En todo caso parece bonito.
Besaso!

CorsáriO disse...

~~~~
Hola, EVa.

El asterisco no es para la pintura. Es el poeta de los versos - Florbela Espanca, quien se suicidó cuando tenía treinta y pocos años, y tiene muchos bellos poemas.

Beso...mariposa!
~~~~