Os teus olhos suplicam nuvens ...
Mas eu só te dou vida
despida.
Os teus olhos suplicam nuvens ...
Mas o amor é uma chama
que arde melhor na cama.
Os teus olhos suplicam nuvens ...
31 julho 2008
Nuvens.
Os teus olhos suplicam nuvens ...
Mas eu só te dou vida
despida.
Os teus olhos suplicam nuvens ...
Mas o amor é uma chama
que arde melhor na cama.
Os teus olhos suplicam nuvens ...
30 julho 2008
29 julho 2008
Azul.
Luar azul
que levanta do chão
as paisagens do mundo.
E sustém no ar
bosques de vento,
flores de frio,
pedras com asas,
caminhos de estrelas ...
... e este sussurro dos bichos
pousados nas nuvens a cantar
o espanto do sol ser às vezes azul ao luar...
Luar de insónia
esmagado no chão
com um sapo a cantar no coração.
28 julho 2008
Borboletas.
Coleccionador de olhos
-vejo os bolsos cheios
de imagens esmagadas,
lágrimas incompletas,
desdéns já amolecidos
e olhos verdes, azuis,castanhos,negros,
berlindes, bugalhos de fogueiras
-oxalá não me incendeiem as algibeiras.
Faltam-me os teus.
Mas quando ia apanhá-los,
voaram-te das órbitas
com duas asinhas pretas,
a saltarem de mesa em mesa...
Ah! se eu tivesse trazido a minha rede
de caçar borboletas !
24 julho 2008
Remorso.
23 julho 2008
22 julho 2008
Chaves.
21 julho 2008
Melodia.
19 julho 2008
Olhos.
18 julho 2008
Espelho.
Olho-me ao espelho,
enredo de lâmpadas e chanas do outro lado
na tontura de melodias do avesso
dos cristais de ruído ...
Olho-me ao espelho
e vejo-me a cantar
- sim a cantar ! -
com a boca na cara,
quente do entusiasmo vazio
dos violinos do silêncio ...
(Homens : porque não nasci apenas no espelho,
sem alma deste lado ?)
16 julho 2008
Mãe.
15 julho 2008
Gaivotas.
Leva-me os olhos, gaivota,
e deixa-os cair lá longe naquela ilha sem rota...
Lá longe...
onde os cravos e os jasmins
nunca se repetem nos jardins...
Lá longe...
onde nunca a mesma aranha tece a mesma teia
na mesma escuridão das mesmas casas...
Lá longe...
onde toda a noite canta uma sereia
... e a lua tem asas...
Lá longe...
14 julho 2008
Problema.
13 julho 2008
Jardim.
12 julho 2008
Azul.
11 julho 2008
Boiando nas ondas.
Morrer devia ser assim ...
Boiar estendido numa nuvem
com a cabeça encostada no silêncio
a olhar para o céu,
sempre mais longe,
sempre cada vez mais longe.
(Perto já não é céu.)
Morrer devia ser assim ...
Milhões e milhões de anjos
deitados nas nuvens
com asas brancas nos olhos
numa leveza sem rumo
de penas de frio.
Morrer devia ser assim ...
10 julho 2008
09 julho 2008
Paz.
04 julho 2008
Mulher.
03 julho 2008
Ímpeto.
Que me importa cantar !
Eu não sou poeta de canções
para embalar
ninhos nos corações.
Sou um ímpeto de gelo de lâmina
que se levanta mudo
diante de tudo.
(e quem me impede
de ter alma e sede?)
Mas quando canto
as minhas canções ásperas
de vagabundo
sabem ao espanto
de rio sem foz ...
E na minha voz
sangra o desespero do mundo.
(*) PAM. painting.
02 julho 2008
Flor brava.
Imaginação.
01 julho 2008
Emoção.
No teu corpo quase, quase nu,













